OS FENÍCIOS
A Fenícia corresponde atualmente ao
Líbano. Os fenícios, um povo de origem semita, estabeleceu-se em 3000 a.C.,
numa área estreita, com aproximadamente 40 km de largura, entre as montanhas do
Líbano e o Mar Mediterrâneo.
Dispunham de poucas terras férteis
para o desenvolvimento das atividades agrícola ou pastoril, mas contavam com um
extenso litoral. Devido a essas características geográficas, que facilitavam
mais o contato com o exterior, os fenícios dedicaram-se às atividades
marítimas, sendo considerados os maiores navegadores da Antigüidade. Segundo
Heródoto, esse povo foi o primeiro a contornar o continente africano, a serviço
do faraó Necao.
Grandes comerciantes, comerciavam
todos os tipos de mercadorias, inclusive escravos.
Dominaram o comércio do
Mediterrâneo durante muito tempo. Fundaram colônias, como Cartago (norte da
África) e Cádiz (costa da Espanha).
A Fenícia não se organizou como um
estado unificado. Era formada por cidades-estados independentes, sendo as mais
importantes Ugarit, Biblos, Beritos (atual Beirute), Sídon e Tiro.
As cidades-estado, em geral, eram
comandadas por um rei, título transmitido pela hereditariedade. Quase sempre o
rei governava com o apoio das pessoas influentes da cidade, como sacerdotes, os
comerciantes e os membros do Conselho de Anciãos. Nesse conselho, destacavam-se
os magistrados (sufetas).
Na sociedade fenícia, a posição
social estava relacionada diretamente à riqueza. Dessa maneira, participava do
governo uma elite de indivíduos ricos, composta de grandes comerciantes
marítimos, donos de oficinas artesanais, negociantes de escravos e construtores
de navios.
Com menos poder e importância,
vinha a seguir, uma classe de pequenos proprietários e trabalhadores livres,
entre eles artesãos, pescadores e camponeses. A parcela social mais explorada
era composta por escravos e marinheiros pobres.
Entre os séculos X e VIII a.C.,
Tiro tornou-se a cidade mais importante pelo sucesso de sua vida comercial e
marítima e pelo acúmulo de grandes riquezas, como ouro, marfim, pedras
preciosas, perfumes, tapetes, etc. Foi nesse período que a Fenícia viveu seu
maior desenvolvimento.
A maior parte dos produtos
exportados pelos fenícios era feita nas oficinas dos artesãos, que se dedicavam
à:
metalurgia (armas de bronze e
ferro, jóias de ouro e prata, etc.);
fabricação de vidros; fabricação de
tecidos finos na cor púrpura (tintura obtida com uma substância avermelhada
extraída do múrice; molusco do Mediterrâneo);
De várias regiões do mundo antigo,
os fenícios importavam metais, pedras preciosas, perfumes, cavalos, cereais,
marfim etc.
Com o objetivo de expandir o
comércio, os fenícios fundaram também diversas colônias, que serviram como
entreposto mercantil, em lugares como Chipre, Sicília, Sardenha e Sul da
Espanha, além de Cartago, no norte da África, a mais importante colônia,
estabelecida pelos tírios.
A partir do século VIII a.C., a
região (com exceção de Tiro) foi dominada por diversos povos. Primeiro vieram os
assírios. Depois chegaram os novos babilônios e os persas. Por fim, em 332
a.C., a Fenícia foi totalmente conquistada por Alexandre Magno, imperador da
Macedônia.
Na religião, a independência das
cidades fazia com que cada uma tivesse seu próprio deus protetor.
Geralmente, chamado de Baal, representando o Sol, e a deusa Astartéia, a
fecundidade, às vezes identificada com a Lua.
Os Fenícios, foram os criadores do
alfabeto de 22 consoantes. Este alfabeto foi a base para o alfabeto grego, ao
qual foram acrescentadas cinco vogais.
Fonte: Portal Positivo
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