PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
Marechal Deodoro da Fonseca foi herói
na guerra do Paraguai (1864-1870),
comandando um dos Batalhões de Brigada Expedicionária. Sempre contrário ao
movimento republicano e defensor da Monarquia como
deixa claro em cartas trocadas com seu sobrinho Clodoaldo da Fonseca em 1888
afirmando que apesar de todos os seus problemas a Monarquia continuava sendo o
“único sustentáculo” do país, e a república sendo proclamada constituiria uma
“verdadeira desgraça” por não estarem, os brasileiros, preparados para ela.
A crise no Império
O ultimo gabinete ministerial do Império,
o “Gabinete Ouro Preto”, sob a chefia do Senador pelo Partido Liberal
Visconde do Ouro Preto, assim que assume em junho de 1889 propõe um programa de
governo com reformas profundas no centralismo do governo imperial. Pretendia
dar feição mais representativa aos moldes de uma monarquia
constitucional, contemplando aos republicanos com o fim da
vitaliciedade do senado e adoção da liberdade de culto. Ouro Preto é acusado
pela Câmara de estar dando inicio à República e se defende garantindo que seu
programa inutilizaria a proposta da República. Recebe críticas de seus
companheiros do Partido Liberal por não discutir o problema do Federalismo.
Os problemas no Império estavam em
várias instâncias que davam base ao trono de Dom Pedro II:
- A Igreja Católica: Descontentamento da Igreja
Católica frente ao Padroado exercido por D. Pedro II que interferia em
demasia nas decisões eclesiásticas.
- O Exército: Descontentamento dos oficiais de baixo
escalão do Exército Brasileiro pela determinação de D. Pedro II que os
impedia de manifestar publicamente nos periódicos suas críticas à
monarquia.
- Os grandes proprietários: Após a Lei Áurea ascende
entre os grandes fazendeiros um clamor pela República, conhecidos como
Republicanos de 14 de maio, insatisfeitos pela decisão monárquica do fim
da escravidão se voltam contra o regime. Os fazendeiros paulistas que já
importavam mão de obra imigrante, também estão contrários à monarquia,
pois buscam maior participação política e poder de decisão nas questões
nacionais.
- A classe média urbana: As classes urbanas em
ascensão buscam maior participação política e encontram no sistema
imperial um empecilho para alcançar maior liberdade de econômica e poder
de decisão nas questões políticas.
A Proclamação da República
A República Federativa Brasileira nasce
pelas mãos dos militares que se veriam a partir de então como os defensores da
Pátria brasileira. A República foi proclamada por um monarquista. Deodoro da
Fonseca assim como parte dos militares que participaram da movimentação pelas
ruas do Rio de Janeiro no dia 15 de Novembro pretendiam derrubar apenas o
gabinete do Visconde de Ouro Preto. No entanto, levado ao ato da proclamação,
mesmo doente, Deodoro age por acreditar que haveria represália do governo
monárquico com sua prisão e de Benjamin Constant, devido à insurgência dos
militares.
A população das camadas sociais mais humildes observam atônitos os dias posteriores ao golpe republicano. A República não favorecia em nada aos mais pobres e também não contou com a participação desses na ação efetiva. O Império, principalmente após a abolição da escravidão tem entre essas camadas uma simpatia e mesmo uma gratidão pela libertação. Há então um empenho das classes ativamente participativas da República recém-fundada para apagar os vestígios da monarquia no Brasil, construir heróis republicanos e símbolos que garantissem que a sociedade brasileira se identificasse com o novo modelo Republicano Federalista.
Fonte:
https://www.infoescola.com/historia-do-brasil/proclamacao-da-republica/
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