Genes da criatividade evitaram a extinção do Homo sapiens, segundo pesquisa.

 Genes ligados à criatividade permitiram a sobrevivência do homem moderno (

Homo Sapiens), nos dando uma vantagem sobre os neandertais (Homo neanderthalensis), de acordo com estudo publicado na quarta-feira (21), na revista Molecular Psychiatry.

Os autores da pesquisa, liderada pela Universidade de Granada (UGR), na Espanha, identificaram, pela primeira vez, uma série de 267 desses genes, que foram essenciais para evitar a extinção do Homo Sapiens.

Segundo os experts, a vantagem do ser humano moderno vai além do aspecto cognitivo, pois seus genes facilitaram seu lado inventivo, fornecendo maior resiliência para enfrentar obstáculos como o envelhecimento, lesões e doenças. Isso nos deixou bem mais à frente, em comparação a outros hominídeos.

“A criatividade humana, a pró-socialidade e a longevidade saudável surgiram como uma resposta à necessidade de adaptação às condições adversas e diversas que reinaram entre 400 mil e 100 mil anos atrás ", contam os pesquisadores da UGR, segundo comunicado.

Para identificarem os genes exclusivos do Homo Sapiens, os autores da descoberta usaram conhecimento nas áreas da psicologianeurociências e antropologia, além de dados genéticos e imagens de ressonância magnética do cérebro humano, que foram analisadas com técnicas de Inteligência Artificial (IA).


Eles estimaram assim que, devido aos 267 genes que deixaram o homem moderno em vantagem, os neandertais ficaram para trás e só tinham cerca de 60 a 70% da adaptabilidade e do bem-estar do Homo sapiens.

Os genes recém-identificados fazem parte de um grupo maior de 972 genes ligados à  personalidade em adultos saudáveis, já apontados pelos mesmos pesquisadores em estudos anteriores. Eles dizem que tais segmentos de moléculas podem ser divididos em três redes cerebrais responsáveis ​​pelo aprendizado e pela memória.

A primeira rede surgiu há cerca de 40 milhões de anos e regula impulsos, aprendizagem de hábitos, apego social e resolução de conflitos. Já a segunda, que data de 2 milhões de anos, trabalha na autodireção e cooperação social. Por último, a rede mais recente, de 100 mil anos, está relacionada à autoconsciência criativa.

Curiosamente, os cientistas acreditam que os genes da rede mais antiga são quase idênticos no Homo sapiens, no Homo neanderthalensis e nos chimpanzés. Já os genes das demais redes estão em um “meio-termo” entre o homem moderno e os macacos.

FONTE: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2021/04/genes-da-criatividade-evitaram-extincao-do-homo-sapiens-segundo-pesquisa.html

 

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