PAPA FRANCISCO E PATRIARCA RUSSO FAZEM REUNIÃO HISTÓRICA EM CUBA

O porta-voz do
Vaticano, Federico Lombardi, afirmou que o encontro foi "um momento
histórico e uma grande alegria para o papa". Ele acrescentou que a reunião
foi "muito cordial" e que eles chegaram a "uma meta", que é
"o ponto de partida de um caminho de unidade e compreensão, que não é
fácil, mas muito valioso".
Em pronunciamento
após a reunião, Kirill afirmou que o encontro com o papa permitiu
"entender e sentir" a posição do outro e que os dois estão de acordo
quanto à possibilidade de católicos e ortodóxos cooperarem na defesa do
cristianismo. As duas autoridades pediram uma ação imediata da comunidade
internacional para proteger os cristãos do Oriente Médio.
"Em muitos
países do Oriente Médio e do norte da África, famílias inteiras, vilarejos e
cidades de nossos irmãos e irmãs em Cristo estão sendo completamente
exterminados", afirmaram na declaração conjunta. "Nós esperamos que
nosso encontro contribua para o restabelecimento desta unidade desejada por
Deus."
O papa chegou a
Havana às 17h (horário de Brasília) e foi recebido na pista do aeroporto pelo
presidente de Cuba. Também o receberam o cardeal Jaime Ortega, principal
autoridade na hierarquia católica da ilha, e o arcebispo de Santiago de Cuba e
presidente da Conferência de Bispos, Dionisio García.
Kirill chegou em
Havana na quinta-feira e também foi saudado por Raúl Castro, aliado da Rússia.
Raúl havia recebido o papa Francisco em Cuba cinco meses atrás.
Planejado há anos,
o encontro é um importante passo para a reaproximação após uma cisão de mil
anos que dividiu o cristianismo. Segundo a agência AP, o Papa Francisco já
havia afirmado que se encontraria com o patriarca Kirill “onde ele quisesse”. A
reunião em Cuba foi anunciada na semana passada pelas duas igrejas.
As igrejas Católica Apostólica Romana e Católica Apostólica Ortodoxa se separaram durante o Grande Cisma do Oriente, em 1054, quando os líderes das igrejas em Roma e Constantinopla excomungaram-se mutuamente. Desde então, elas divergem em uma série de assuntos, incluindo a supremacia do papa.
As igrejas Católica Apostólica Romana e Católica Apostólica Ortodoxa se separaram durante o Grande Cisma do Oriente, em 1054, quando os líderes das igrejas em Roma e Constantinopla excomungaram-se mutuamente. Desde então, elas divergem em uma série de assuntos, incluindo a supremacia do papa.
Fonte:
www.g1.globo.com
Comentários
Postar um comentário