ABSOLUTISMO

Este
sistema é originário das mudanças ocorridas no continente ao final da Idade Média, onde na maioria das regiões da Europa
acontece o fenômeno da centralização política nas mãos do rei, auxiliado pela
classe burguesa. Os comerciantes e financistas visavam vantagens econômicas,
como por exemplo o fim de diversos impostos e taxas existentes em regiões de um
mesmo país em mãos de líderes regionais diferentes. Por outro lado, o monarca
naturalmente buscava um sistema de governo onde pudesse exercer o máximo de seu
poder, sem interferência da igreja nem dos senhores locais.
Deste
modo, surge o absolutismo, onde o rei exerce o poder de forma indiscriminada,
com mínima interferência de outros setores da sociedade, e a classe burguesa
apoiadora do monarca poderá prosperar com a unificação do poder nas mãos de um
indivíduo em que confiam e que os auxilia a manter um comércio de proporções
nacionais (em certos casos, até internacionais). Além disso, os negociantes
financiariam os diversos projetos do monarca, e em troca, conseguiriam
participações substanciais nos negócios do Estado.
Com
o absolutismo o rei concentrava todos os poderes, criando leis sem aprovação da
sociedade, além de impostos e demais tributos de acordo com a situação ou um
novo projeto ou guerra que surgisse. Além disso, o monarca interferia em
assuntos religiosos, em alguns casos controlando o clero de seu país.
A
nobreza que acompanhava o monarca era uma classe exclusivamente parasitária,
geralmente vivendo na corte do rei, e não tendo ocupação definida, a não ser o
apoio irrestrito ao rei e o controle militar de certa região a favor do
monarca. Qualquer oposição oriunda das camadas mais populares podia ser
violentamente reprimida pelas forças do rei. Note-se que absolutismo e despotismo, apesar de similares, diferem
pelo fato de o absolutismo ter uma base teórica (Jean Bodin, Thomas Hobbes,Nicolau Maquiavel) e o
despotismo ser uma espécie de corrupção do absolutismo, onde o monarca age
deliberadamente sem qualquer preocupação teórica, social, política ou
religiosa.
A
prática econômica predominante no período absolutista era a do mercantilismo. A característica marcante deste sistema é uma
intervenção latente do Estado nos negócios financeiros, onde predominava a
ideia de que o acúmulo de riquezas proporcionaria necessariamente um maior
desenvolvimento do Estado. Esse acúmulo de riqueza traria prestígio, poder e
respeito internacional. O sistema era marcado pela proteção alfandegária, altas
taxas para produtos estrangeiros,metalismo (acumulação de metais preciosos), pacto colonial (onde as colônias eram fechadas ao
comércio com outros países que não a metrópole), balança comercial favorável, e
a industrialização do país.
Em
grande parte dos países europeus, o sistema escolhido para substituir o Antigo
Regime foi a República, com outros decidindo por manter a monarquia, mas agora atuando sob a tutela de um parlamento
eleito popularmente e agindo sob a letra de uma Constituição.
Por Emerson Santiago
Fonte: Portal Positivo
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