Nobel de Física vai para estudos sobre origem e evolução do universo

As
descobertas realizadas pelos três cientistas estão na área da astrofísica, e se
referem à origem e a evolução do universo. “Os premiados deste ano
transformaram nossas ideias sobre o cosmos”, declararam os porta-vozes do
comitê do Nobel, em comunicado. “Suas descobertas mudaram para sempre nossas
concepções de mundo.”
Conheça
um pouco a trajetória de cada um dos pesquisadores e seus projetos:
James
Peebles
Nos anos 1960, o canadense usou artifícios teóricos para rastrear a evolução do
universo desde o fenômeno do Big Bang, que aconteceu 14 bilhões de anos atrás.
Para isso, ele utilizou medições de microondas do fundo cósmico, uma espécie de
"brilho posterior" que permeia todo o espaço.
Assim,
Peebles conseguiu calcular quanta matéria nasceu no Big Bang e onde ela foi
alocada, concluindo que a matéria comum, como planetas e estrelas, constituem
apenas 5% do conteúdo do universo. Já os outros 95% são de matéria escura
desconhecida e energia escura.
Em 1984, Peebles fez parte de uma equipe que reviveu a
hipótese de Albert Einstein de que existe uma constante cosmológica,
uma energia no espaço vazio. Foi assim que, em 1998, ele participou da
descoberta da tal energia escura e preparou o terreno para a compreensão
moderna dos componentes do universo.
“As ideias de James Peebles sobre cosmologia física
enriqueceram todo o campo da pesquisa e estabeleceram as bases para a
transformação do campo nos últimos cinquenta anos, da especulação à ciência”,
afirmaram os porta-vozes do Nobel. “Seu referencial teórico, desenvolvido desde
meados da década de 1960, é a base de nossas ideias contemporâneas sobre o
universo.”
Michel Mayor e Didier Queloz
Em outubro de 1995, os suíços descobriram o primeiro planeta fora do Sistema Solar que orbita uma estrela parecida com o Sol. O corpo foi chamado de 51 Pegasi b e está a aproximadamente 50 anos-luz da Terra. No ano passado, foi identificada a presençá de água no planeta.
Em outubro de 1995, os suíços descobriram o primeiro planeta fora do Sistema Solar que orbita uma estrela parecida com o Sol. O corpo foi chamado de 51 Pegasi b e está a aproximadamente 50 anos-luz da Terra. No ano passado, foi identificada a presençá de água no planeta.
Usando instrumentos feitos sob medida no Observatório da
Alta Provença, na França, a dupla detectou um pequeno e oscilante movimento
perto de outra estrela da Via Láctea. Eles detectaram, então, que essas
variações são causadas por um exoplaneta gasoso, com órbita parecida com a de
Mercúrio e aproximadamente metade da massa de Júpiter.
“Essa descoberta iniciou uma revolução na astronomia e, desde então, mais de 4 mil exoplanetas
foram encontrados na Via Láctea. Novos mundos estranhos ainda estão sendo
descobertos, com uma incrível variedade de tamanhos, formas e órbitas”,
apontaram os membros do comitê do Nobel.
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