Como eram as sociedades da África Subsaariana antes da chegada dos europeus

Também vêm de lá
algumas das civilizações mais estudadas, como os egípcios e o Império
Cartaginês. Mas o que mais se sabe sobre o resto do continente? A seguir,
trazermos mais detalhes sobre a história da África Subsaariana:
Isolamento
Cercados por florestas densas, savanas ricas em vida animal, litoral de um lado e montanhas e lagos de outro, os africanos viveram milênios isolados do restante do mundo. Isso não significa, porém, que não desenvolveram sociedades tão avançadas quanto a egípcia — no interior da África em 100 d.C., o ouro era um fundido com um processo que só chegou à Europa no início da Idade Média.
Reinos e impérios
A região era dividida em reinos e impérios. Na África Oriental, havia o Império de Gana, que durou do século 8 ao 11 e era baseado no comércio de ouro; e o do Mali, que durou do século 13 ao 18 e tinha como força o comércio de sal, ouro, especiarias e couro.
Na África
Ocidental, o Império da Etiópia, também conhecido como Abissínia, durou de 1270
a 1975 e foi o único a resistir à colonização europeia.
No sul da África, o
Reino do Congo compreendia o que hoje é Angola, Congo e Gabão. Foi independente
até o século 18, quando se tornou vassalo de Portugal. Havia ainda o Sultanato
de Kilwa, território na costa do sudoeste africano habitado por bantos que
foram conquistados por muçulmanos, e os reino zulu, onde hoje estão África do
Sul, Lesoto, Suazilândia, Zimbábue e Moçambique. Os zulus foram os primeiros a
perceber o perigo da colonização branca e tentaram resistir, mas foram
derrotados.
Organização
política e social
Além dos reinos mais conhecidos, havia uma série de outros reinos e cidades-estado altamente organizados. Eles contavam com sistemas de conselhos de anciões e de administração para controlar as tribos, que tinham áreas de influência e as disputavam.
É daí que vem o
argumento de quem tenta defender os europeus do processo de escravidão: “os
próprios africanos escravizavam uns aos outros, que eram os inimigos de outras
tribos”, dizem. Embora isso de fato ocorresse entre as tribos que guerreavam,
os inimigos capturados tinham direitos sociais e não sofriam a agressão
observada durante a escravidão praticada no Brasil.
A religião.
A maioria dos grupos africanos acreditava em um deus único, criador, maior e distante do homem. Em cada etnia, esse deus recebia um nome diferente: os Ashanti o chamavam de Onyankopoa; os Ewe, de Mawu; e os Iorubá, de Olorum.
Havia também culto
às forças da natureza, que ganhavam personalidades humanas (orixás), por
exemplo Ogum (do ferro, guerra, fogo) e Iemanjá (mãe de muitos orixás, orixá
feminino dos lagos, mares e fertilidade).
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