145 anos do município de Garanhuns


 Garanhuns hoje completa 145 anos de emancipação, porém, a região tem mais de 400 anos de história. 

O início do povoamento de origem europeia das terras onde se situa o município de Garanhuns data de meados do século XVII.

A região já era habitada por indígenas cariris, quando chegaram a região pessoas que fugiam da dominação dos flamengos (holandeses) e à escravidão que acontecia mais fortemente próxima a zona da mata.

Em 29 de setembro de 1658, o mestre de campo Nicolau Aranha Pacheco, o capitão Cosmo de Brito Cação, Antonio Fernandes Aranha e Ambrósio Aranha de Farias obtiveram, do então governador da capitania de Pernambuco, André Vidal de Negreiros, uma sesmaria de 20 léguas de terras em dois lotes, sendo um nos campos dos Garanhuns e outro no Panema.

No primeiro lote, foi fundada uma fazenda, nesse mesmo ano, com a denominação de Sítio Garcia, no local onde atualmente se encontra a sede municipal.

Tudo indica que a fazenda Garcia se encontrava em franco desenvolvimento quando, por volta de 1670, ela foi totalmente destruída durante conflitos com quilombolas do Curica, no Alto do Magano, passando a ser conhecida, daí por diante, como Tapera do Garcia, denominação depois simplificada para Tapera.

 "Tapera" é uma palavra tupi antiga que significa "aldeia que foi, aldeia extinta, aldeia destruída" e que, no português atual, significa "casa em ruínas, casa abandonada".[14]

Em 1704, a Tapera do Garcia foi comprada pelo coronel Manuel Pereira de Azevedo, passando por conta de sua morte, alguns anos depois, a ser administrada por sua viúva dona Simoa Gomes de Azevedo.

A primeira igreja de Garanhuns foi construída em 1742 no local onde hoje é o Banco do Brasil. 

Era feita de taipa, mas logo foi reconstruída em alvenaria. A construção ficava no centro das terras posteriormente doadas por Dona Simoa.

Em torno da igreja foram erguidas as primeiras casas e o primeiro cemitério. Tempos depois um novo cemitério foi construído onde hoje é o Colégio Santa Sofia.

Em 1855, foi edificada uma nova capela no mesmo local da atual Catedral de Santo Antônio

Em 1756, sua viúva fez doação de um trecho de terras de meia légua em quadro à Confraria das Almas da matriz de Garanhuns, no local onde mais tarde se ergueu a cidade.

Em Carta Régia datada de 10 de março de 1811, Santo Antônio de Garanhuns é elevada à categoria de Vila pelo rei do Brasil Dom João VI, entretanto seu crescimento continuava lento.

Em 1855, ela contava com apenas 156 casas.

Em 04 de fev de 1879 a Vila de Garanhuns, até então com quatro ruas, foi elevada a categoria de município.

Ao final do século XIX, com a construção da linha férrea que liga o município à capital pernambucana, o setor da prestação de serviços ocasionou o apogeu do crescimento econômico e populacional de Garanhuns, quando graças à diminuição do tempo gasto na viagem entre as cidades do litoral pernambucano e interior, a quantidade de hotéis e pousadas cresceu com muita rapidez, aumentando também o número de pessoas que buscavam, no município, o turismo rural. Na década de 1990, a criação do festival de inverno da cidade consolidou o turismo como principal gerador de renda da região.[16]

Até o início de 2014, o município comemorava o dia da sua emancipação em 4 de fevereiro, data que foi alterada após uma pesquisa realizada pelo presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Garanhuns no Museu do Tombo, em Portugal.

Ao entrar em contato com os arquivistas do museu, o presidente, que buscava por documentos acerca do ataque de Domingos Jorge Velho à cidade, encontrou a Carta Régia do município, assinada por Dom João IV, que elevava Garanhuns à categoria de vila em 04 de Fevereiro de 1879.

Acerca do nome  da cidade Existem várias versões para a origem. Sebastião Galvão afirma que Garanhuns é uma palavra indígena, uma mistura de Guará (canídeo selvagem) e Anu (ave preta).

Outra versão, contida no livro “Tupi na Geografia nacional” diz que Guirá era uma (ave) e Nhu (Campo) guirá+Nhu = Garanhuns.

O Padre Alex Lemos Barbosa no seu pequeno, “Vocabulário Tupi português de 1955,”, diz que Guará=Garça; Nhu= Campo; a mistura das duas palavras formaria o topônimo Garanhuns. Essas versões são todas contestadas por Alfredo Leite Cavalcanti.

Segundo ele, o nome Garanhuns provém de uma tribo indígena que habitou a região no tempo de seu descobrimento. Essa tribo era a Unhauhu dos campos dos Garanhu e esse nome teria sido transmitido pelos indígenas aos descobridores de Garanhuns.

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