A VIDA PÚBLICA: PENSAMENTO POLÍTICO DOS GREGOS E ROMANOS

Professor Helder Francisco

Em primeiro momento podemos diferenciar a importância do termo cidadão entre os gregos e os romanos. Na Grécia o homem esta para a cidade, “O homem é um ser da cidade”, fruto da própria cidade, que oferece ao cidadão as atividades formativas para o processo de construção política e humana. Para os romanos, o primeiro termo para a constituição política é o civis (cidadão), no qual a partir da universalização de forças entre eles se funda a civitas (cidade), que para os romanos era o homem em relação mutua.

No que se refere à comparação entre os gregos e romanos, temos como pano de fundo a justiça, voltada a superação das discórdias, e a maneira do bem viver. Assim como os gregos, os romanos buscam por meio da tradição histórica, a qual eles chamam de antepassados, as referências que inspirem e direcione o modo e forma política da cidade, tendo como objetivo principal vincular os cidadãos ao passado. De forma mais próxima, entre os gregos e romanos, está a retorica, que nas duas políticas se apresenta como fator fundamental para o bem governar. Cabe aos políticos das duas sociedades estarem aptos ao discurso persuasivo, bem como ao modo de convencimentos dos cidadãos. Ainda entre essas duas sociedades, encontramos o homem como parte fundamental da fundação das cidades bem como de suas organizações, não sendo ao homem dado o direito de entrega-se fora do espaço político.

Em ambas as politicas, grega e romana, o homem tem papel fundamental. É por ele e para ele que os modos políticos são pensados. A grande diferença entre essas duas cidades, é que enquanto entre os gregos a uma busca de divisão na organização interna da cidade, entre elas a divisão em bairros, para os romanos a organização da cidade é única, é tida a partir de um pacto único, fadados a persistirem em todas as memórias, fundando-se a partir de uma possessão coletiva.

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