PRÉ-SOCRÁTICOS

A Filosofia, como a conhecemos hoje, ou seja, como uma ciência que estuda as inquietações humanas e visa explicá-las de maneira racional, surgiu na Grécia antiga, no século VI a.C, época em que basicamente tudo era explicado e tinha suas origens na mitologia.  Fenômenos como um raio, por exemplo, eram tidos como uma manifestação da ira de Zeus, o comandante de todos os outros deuses. Essa explanação “divino-mitológica” para a realidade se chamou, então, cosmogonia. Porém, os pensadores inquietos da época quiseram responder e explicar fenômenos e perguntas como essas de maneira racional e lógica, o que foi identificada como cosmologia.
         Começa-se, então, a se distinguir o mito da lógica, o que antes era unido (mitologia ou lógica do mito) passa a ser separado, para se entender e se abordar a lógica do fato e/ou fenômeno, o que a filosofia caracteriza como o período de transição “do mito ao logos”, ou seja, da explicação por meio de histórias oralmente repassadas (mitos) para a explicação racional e lógica da coisas (logos).
        Surge, assim, o que é conhecido como pensamento filosófico precedido por pensadores  da citada filosofia antiga, que teve seu início no séc. VI a.C,  e perdurou até o declínio do império romano em IV d.C.  Os precursores da Filosofia foram os pré-socráticos, filósofos que buscavam a origem  natural do universo e das coisas através de explicações lógicas e fundamentadas na observação e estudo da realidade; eram, em geral, monistas, ou seja, acreditavam que o universo tinha sido gerado através de um único elemento, ou fenômeno.
        Os pré-socráticos, como o próprio nome alude, antecederam a Sócrates, de quem falaremos adiante; porém, essa alusão de nomes se dá mais em função da sequência e ao objeto do pensamento desses filósofos que Sócrates passa a aprimorar. Eles eram
naturalistas, buscavam a essência, o princípio das coisas, o que chamavam de arché.
A seguir, os principais deles e suas linhas gerais de pensamento:

> Tales de Mileto (624-548 a.C): 
     Tales tem uma vasta colaboração para o pensamento filosófico ocidental: era matemático e entre suas várias viagens, uma delas ao Egito, elaborou uma teoria de como se davam as cheias do rio Nilo. Também observou as pirâmides, através de um cálculo elaborado a partir da proporção entre cumprimento da sombra  projetada pela pirâmide e sua altura, o que ainda hoje é um importante método geométrico para se medir áreas, o teorema de Tales.
Mas como monista/naturalista, Tales também cria que todas as coisas derivariam de um único elemento. Para ele, a origem, o 'arché' das coisas, estava na água.
> Anaxímenes de Mileto (588-524 a.C): 
         Também era monista, e acreditava que todas as coisas derivavam do vapor ou o próprio ar em si. Contestando a teoria da água de Tales, Anaxímenes buscou a origem da água e chegou ao vapor e, através dessa linha de raciocínio identificou no ar a origem do universo. O arché, para Anaxímenes, era o “pneuma” (ou ar).
> Anaximandro de Mileto (611-547 a.C):
        Discípulo e sucessor de Tales, Anaximandro era matemático, filósofo, político e também monista. Ele cria que a origem de todas as coisas estaria no “áperion” (ou infinito), ou seja, uma substância indeterminada e infindável que gerava todos os outros elementos e coisas do universo.
> Heráclito de Éfeso: 
        Tinha uma característica altiva e melancólica, reconhecido por ser um pensador genial; porém, arrogante, que desprezava a plebe. Não se têm dados exatos sobre nascimento e morte, mas sabe-se que o florescimento de seu pensamento se deu em 504 -500 a.C. Heráclito cria que a origem das coisas não estava num único elemento, mas sim, em uma cadeia de fenômenos que gerava a mutabilidade constante das formas naturais e dos elementos.  Era tido, por essa linha de pensamento, como um dos mais evidentes e geniais pensadores pré-socráticos.

> Pitágoras de Samos:
            Um dos maiores matemáticos da história, por suas teorias de cálculo como o teorema de Pitágoras, era também um filósofo exímio que buscava a origem de todas as coisas, como bom matemático, no número, ou melhor dizendo, nas relações matemáticas. Pouco se sabe a fundo sobre a doutrina e a vida de Pitágoras, além das fundações que ele instituiu, o êxodo para Itália e a Escola Pitagórica fazem parte disso. Além de influenciar numa reforma educacional e política na Itália.

> Zenão de Eléia: 
          Diferentemente de Heráclito, Zenão via na política, e no envolvimento do povo nessas questões uma importante chave para o avanço de uma sociedade e do conhecimento. Escrevia suas obras em prosa, mesmo quando elas se tratavam de assuntos extremamente acadêmicos. Seguia uma linha diferente da dos pitagóricos. A característica principal de Zelão foi a dialética, método que consistia em se questionar pessoas até se chegar a uma resposta satisfatória, porém, não definitiva.

FONTE DESCONHECIDA.

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