Amizade: uma virtude

 


 “De todos os bens que a sabedoria 

proporciona para produzir a felicidade por 
toda a vida, o maior, sem comparação, é a amizade.”
 
(Epicuro)
 
 
 
A amizade é uma forma de afeto em que há um sereno respeito pela liberdade e pela autonomia de cada um. 
 
Livre de apegos cegos, o sentimento de amizade não é necessariamente dirigido apenas a este ou aquele indivíduo em especial. Os sábios são amigos de todos os seres: a amizade pode ser incondicional. Por outro lado, cada amizade tem suas características específicas e possui uma capacidade própria de resistir a adversidades.  “Amigos na dificuldade, amigos de verdade”, diz o ditado popular em língua inglesa. 
 
A verdadeira amizade surge do eu superior, ou alma imortal. Ela corresponde ao primeiro objetivo do movimento teosófico moderno, que busca ser um núcleo de fraternidade sem fronteiras. A mesma ideia está presente no budismo, no taoísmo, no hinduísmo e outras filosofias orientais e ocidentais. A prática da  amizade universal é pitagórica: Thomas Stanley, um filósofo do século 17, escreveu em sua obra sobre o ensinamento de Pitágoras:
 
“Há uma amizade e uma afinidade de todos por todos: entre deuses e homens, através da compaixão e do sentimento religioso; entre as diferentes doutrinas; entre a alma e o corpo (a parte racional e a parte irracional do ser humano) através da filosofia e das suas teorias; e entre os diferentes seres humanos…”[1]

 
“Escolhe como amigo o mais sábio e virtuoso. Aproveita seus discursos inspiradores, e aprende com os seus atos úteis e virtuosos. Mas não afasta teu amigo por um pequeno erro, porque a força da vida é limitada pela necessidade.” [11]

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